Lord Byron

"Na vida do homem, o amor é uma coisa a parte, na da mulher, é toda a vida."

"Os espinhos que colhi, são da árvore que plantei."

"Ainda que tivesse que ficar só, não trocaria a minha liberdade de pensar por um trono."

"Não falo, não suspiro, não escrevo seu nome. Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo"

"Coma, beba e ame: o resto, de que nos serviria?"

"Hoje é dia de vinho e mulheres, alegria e risadas. Véspera de sermões e muita água mineral.”

A vida é como o vinho: se a quisermos apreciar bem, não devemos bebê-la até a última gota.

“Quem ama mente.

...e a última, mas não de menor importância...

“Nada escrevi que prestasse até que comecei a amar”


Como faz mal ao sonho concebê-lo!

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres,
Então livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança há de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Fernando Pessoa - Poemas Esotéricos

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A flecha de Eros

Mais uma vez está sob efeito da flechada de Eros. Mais uma vez percebe que apenas ela está. Jamais conseguirá compreender isso. Demorou mais de dois anos para entregar-se a uma nova paixão, pelo visto, erradia como a última. Dois anos curando feridas que estarão sempre lá, cicatrizadas, mas eternas ali. Dias e dias de imensa solidão, imensa carência, quase sem fé de que poderia olhar para outro alguém novamente. Até perceber que olhou. Olhou com amizade, depois com carinho e, finalmente o desejo. Resolveu se entregar. Se apaixonar e arriscar. E, como qualquer risco, não pediu garantias de felicidade e muito menos tristeza. Começou a reparar na vida das pessoas, na solidão de cada um, na ausência de amor em cada um, como uma análise, para correr o menor risco possível de, outra vez, dar um tiro do lado errado do peito. Desejou um alguém tão só, tão infeliz com sua solidão quanto ela estava. Tão traumatizado com a falta de amor das pessoas a quem ofereceu seu amor e viu-o sendo arremessado umbral abaixo, a esmo, em meio ao vão do esquecimento. Alguém que, por tantos medos de sofrer outra vez também, se trancou em si mesmo e jogou a chave fora. E parece que não guardou uma cópia para emergências. Reclamou muito sua solidão ao longo de alguns anos...mas aprendeu a viver com ela, fê-la sua companheira, pois não crê que possa confiar em alguém outra vez...
Procura referências e faz longos monólogos sobre o que deveria fazer. Se é para ser ou não ser. A paixão é algo que vem de dentro. É a respiração da alma clamando o outro, para que o outro o exalte. Aprendi que a magia da paixão não se perde nem mesmo quando não somos correspondidos. É estado de êxtase, de felicidade. Estar apaixonado alegra a menina dos olhos, colore as mariposas, dissipa os receios de tomarmos banho de chuva. Mostra o coração agindo sobre nós, mostrando que temos a capacidade de amar alguém, querer-bem alguém, mesmo que esta pessoa não nos queira da maneira como gostaríamos... O medo tira de nós momentos fantásticos que talvez jamais possam ser vividos. Estigmas sociais fazem parte desse conjunto. Pensar o que vão pensar a seu respeito de agir assim. Importe-se com sua imagem perante você. Só você sabe o que te fez bem, o que te faz bem e fará feliz. Não seja um tripé preso aos princípios alheios e jamais, jamais tenha medo de voltar atrás, seja lá para o que for. E não pense que a vida é eterna e que você terá todo o tempo para remediar um coração partido. É como se atirar do precipício, com medo de cair. E ver-se voar.