Lord Byron

"Na vida do homem, o amor é uma coisa a parte, na da mulher, é toda a vida."

"Os espinhos que colhi, são da árvore que plantei."

"Ainda que tivesse que ficar só, não trocaria a minha liberdade de pensar por um trono."

"Não falo, não suspiro, não escrevo seu nome. Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo"

"Coma, beba e ame: o resto, de que nos serviria?"

"Hoje é dia de vinho e mulheres, alegria e risadas. Véspera de sermões e muita água mineral.”

A vida é como o vinho: se a quisermos apreciar bem, não devemos bebê-la até a última gota.

“Quem ama mente.

...e a última, mas não de menor importância...

“Nada escrevi que prestasse até que comecei a amar”


Como faz mal ao sonho concebê-lo!

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres,
Então livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança há de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Fernando Pessoa - Poemas Esotéricos

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Amor Platônico

Encontrei uma bússola que estava escrito:
Bússola do amor. Pense e a bússola irá apontar seu amor.
Pensei em quem seria meu amor e a bússola apontou.
Levei um susto quando vi que foi apontado bem você.

Pensei comigo: bússola que nada, essa coisa está quebrada...
Deixei isso de lado e fui atrás do meu namorado.
Com o tempo eu percebi que ali não tinha amor
Que a bússola acertou quando apontou pra você..

Peguei do chão caído, o brinquedo adormecido.
Pensei de novo, dessa vez no seu rosto e a bússola me mostrou
Você com outro amor
Então me desesperei

De repente a bússola se iluminou e dela despertou
Um anjo enternecido
Então ele me disse:
Quando te mostrei, me josgaste ao chão, sem medo de não haver perdão.
Agora o que queres que eu faça?

Todavia, muito magoada, acabei por dizer nada, começando os olhos a chorar.
O anjo mais uma vez, meu amigo se fez...
Na alegria de ver te ver, meu amor
Não percebi a mudança

Mas encontrei em mim uma ideia de semelhança
Você se fez real pois sempre esperou que eu visse
Eu cega não o enxergava
Mas era meu amor platônico que a bússola iluminava..

Deborah Marques – 29.04.2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Feriado

E se torna indecisão esse vazio que me trai
Nesse misto de triste alegria,
Onde encontro em parte do meu dia
Na solidão dos meus pensamentos a insanidade alheia me distrai
E vivo um dia inteiro fora do meu normal..
Na ânsia natural existe uma imensa tentação
E não sei se responde ao meu calor carnal
Mesmo assim também não me diz NÃO
Digo coisas que não sei dizer
Bebo coisas que não quero beber
E nem isso eu sei fazer
Me prendo então dentro de mim mesmo
Pra não ferir nada mais que meus próprios sentimentos
E me escondo desse turbilhão dentro do meu violão
Cantando em ré desafinado o dilema do meu estranho feriado
Com os sentidos esquecendo – se da razão
Como se a alma se dividisse ao meio e eu pudesse ser qualquer outro
Que não eu
Pra, pelo menos ter certeza da verdade
E descobrir se pode haver duas metades
Como se duas vidas pudesse viver
E dentro delas escolher a melhor que eu saiba viver..